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FAQ Fonoaudiologia - Especialidade Fala

FONOAUDIOLOGIA

Especialidade Fala

A fala é essencial para a comunicação humana. Ela permite expressar ideias, necessidades, emoções e construir relacionamentos. Sendo assim, é fundamental falarmos, mas em alguns casos, a pessoa apresenta prejuízos, que dificulta a interação social.

É necessário orientação fonoaudiológica, para verificar se é recomendado tratamento.

Dentro da área da fala, atendo os diagnósticos a seguir:


O Atraso de Fala é a ausência ou retardo no desenvolvimento de fala. Nestes casos, a criança não atinge os marcos esperados para idade cronológica na comunicação verbal, porém, é comum apresentar comunicação não-verbal adequada. Em geral, a criança se faz entender por gestos, expressões faciais, entre outros recursos motores. Com isso, os pais costumam dizer: "Meu filho se comunica bem, mas só falta falar". Geralmente são quadros clínicos que apresentam causas variadas, como: falta de estímulo, otite de repetição, prematuridade, bilinguismo, entre outras.

Marcos de Fala:
Antes 6 meses – Balbucio
Antes 1 ano – Palavras com sentido
Antes 1½ ano – Frases curtas
Antes 2 anos – Frases longas
Antes 3 anos – Conta história e permanece mais tempo no diálogo
4 anos – Poucas substituições e omissões na fala
5 anos – Fim do processo de aquisição da fala.

O Atraso Motor de Fala (AMF) é uma falha na organização e execução motora dos fonemas. A criança sabe o que quer dizer, mas tem dificuldade em organizar e executar os comandos motores, para os músculos da fala. Então, resulta em uma produção de sons de difícil compreensão. As principais características são: dificuldade na precisão e coordenação articulatória dos sons, instabilidade e inconsistência da fala, prejuízo na prosódia e problemas no controle muscular. Não é um transtorno permanente, mas impacta na comunicação verbal.

Principais características:

Dificuldade na precisão e coordenação articulatória dos sons: A criança tem problema em produzir sons com clareza; os fonemas que adquire não se multiplica com naturalidade como é o caso do atraso de fala. Sendo assim, é necessário, mais treino do que o atraso de fala.

Instabilidade e inconsistência na fala: A criança fala uma palavra e demora para falar novamente; ora fala correto uma palavra, ora não; a fala não é contínua, pois apresenta velocidade acelerada, pausas e lentidão. Por esta razão, a criança geralmente fala sílabas e é difícil articular palavras e frases.

Prejuízo na prosódia: A criança coloca a entonação da palavra ou da frase em local incorreto.

Problemas no controle muscular: Dificuldade em controlar a abertura da mandíbula, protrair e retrair os lábios, elevar e lateralizar língua. Com isso, ocorre falhas na fala e consequentemente dificuldade na compreensão do diálogo.

Durante o processo de aquisição de fala da criança, há substituições e omissões que são comuns na infância.

Substituições:
arara → alala;
jacaré → jacaié;
vermelho → vemeio;
porta > poita, entre outras.

Omissões:
jacaré → jacaé;
verde → vede;
brinquedo → binquedo;
blusa → busa; entre outras.

Porém, algumas substituições e omissões não podem ocorrer durante o desenvolvimento.

Desta forma, é necessário ficarmos atentos a idade que a criança precisa adquirir cada som e é comum falar os fonemas antes da idade descrita abaixo.

Tabela dos sons da fala:
18 meses: /b/ (bola), /m/ (mesa);
2 anos: /p/ (pato), /t/ (tatu), /d/ (dedo), /n/ (nove);
2 anos e 6 meses: /k/ (casa), /g/ (gato),/nh/ (galinha);
3 anos: /f/ (foca), /v/ (vaca), /s/ (sapo), /z/ (Zeca);
3 anos e 6 meses: /x/ (xixi), /j/ (jacaré);
4 anos: /l/ (lua),LH (olho), /r/ (areia), /R/ (rato/carro), Arquifonema /S/ (pasta), Arquifonema /R/ (porta) e grupos consonantais (blusa/preto);
5 anos: fim do processo de aquisição de fala.

As distorções são sons emitidos de forma imprecisa, que dificultam ou não a compreensão do discurso e podem ocorrer em qualquer idade.

Estes desvios têm como causa alterações ósseas e/ou musculares. Um exemplo comum de distorção na fala é a produção verbal com escape de ar anterior e lateral, que causa chiado ao falar.

Na infância, esta fala distorcida é pouco notada, porém, com o passar dos anos é percebida, incomoda o ouvinte e não propicia uma boa comunicação ao falante.

Ceceio Anterior:

É a projeção da língua entre os dentes incisivos durante a produção dos sons: /s/, /z/ e Arquifonema /S/, causando uma distorção na fala.

As causas mais frequentes são respiração oral, alterações nas arcadas dentárias e encurtamento do frenulo lingual, que gera rebaixamento do tônus da língua e consequentemente, alteração na produção da fala.

Ceceio Lateral:

É o escape de ar lateral e/ou pressão lateral da língua durante a produção dos fonemas: /s/, /z/, /x/, /j/, causando uma distorção na fala.

As causas mais frequentes são tensão na lateral da língua, rebaixamento do tônus da língua, respiração oral e alterações nas arcadas dentárias.

Até 3 anos, a criança apresenta substituições e omissões de fonemas, simplificação de palavras e tom vocal agudo, que naturalmente deixam a fala infantilizada. Porém, este padrão linguístico não é esperado após esta idade.

A criança precisa ser tratada e se comportar com a idade que tem. Mesmo passando por um momento difícil, como, nascimento de um irmão, retorno da mãe ao trabalho, início da vida escolar, entre outros.

A criança precisa ser compreendida e acolhida pelo adulto, mas não infantilizada. O ambiente tem que proporcionar um desenvolvimento saudável em todas as fases da criança.

A Gagueira na Infância é um distúrbio do desenvolvimento que afeta a fluência da fala, caracterizado por repetições, prolongamentos e bloqueios na fala.

Dos 2 aos 4 anos, pode ocorrer, mas requer atenção, porque há casos, que aumentam o risco de persistir o sintoma.

Características:
Repetição de sílabas ou palavras curtas.
Prolongamento de sílabas, como: "sapaaaaaaaato".
Bloqueio é a dificuldade para iniciar a fala.

Ser um bom comunicador é fundamental para muitos profissionais, independente da área. Mas, ter amplo conhecimento da área de atuação não garante sucesso ao se expor numa palestra, reunião, apresentação ou venda de um produto ou serviço.

É imprescindível 3 pontos para ser um bom falante e envolver o público:

Conhecimento do tema.
Controle emocional.
Comunicação clara e direta.

Então, é necessário cuidar de alguns aspectos, como:

Domínio do conteúdo;
Organização das ideias;
Objetividade;
Vocabulário adequado para o público;
Respiração;
Dicção;
Entonação;
Ritmo;
Expressão facial e corporal;
Movimento dos olhos;
Movimento no palco;
Aparência, entre outros.

Sendo assim, falar em público é bem complexo e precisa de cuidados especiais, para atingir o sucesso esperado. Mas, é possível.

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